Tudo o que aqui escrevo é real, por vezes um pouco exacerbado, outras vezes floreado.
São os meus devaneios menstruados, as minhas histórias de vida, o emaranhado de cabos que forma a minha mente!
Tudo o que aqui escrevo é real, por vezes um pouco exacerbado, outras vezes floreado.
São os meus devaneios menstruados, as minhas histórias de vida, o emaranhado de cabos que forma a minha mente!
Escreveste o texto. Comeste a pizza (ler o texto anterior) e imbuída do tal espírito natalício sentas-te confortavelmente no sofá a ver um filme de qualidade. Na RTP2 passa o filme "Feios, porcos e maus" e aos dezasseis minutos e vinte e quatro segundos de filme o pinheiro revoltado e vingativo atira-se, literalmente, para o chão!
Em câmara lenta e sem pré-aviso! Tu assistes e sabes que não vais chegar a tempo... PÁ PUM! Não resisti a soltar uma das minhas gargalhadas. Passas a odiar bolas e mais bolas. Andas de cu para o ar tipo apanha bolas e só repetes entre gargalhadas:
- "Acabei de escrever sobre o raio do pinheiro! Ahahahahahah".
O teu mais que tudo não está a achar piada nenhuma. Terra no chão, bolas por todo o lado, um tremendo caos natalício. E tu não consegues parar de rir e dizes-lhe eufórica:
- "Amor já tenho texto para amanhã! Vamos acabar de ver o filme."
Pões o pinheiro de pé e deixas as bolas espalhadas pelo chão.
Hoje incorporei o espírito natalício e fizemos a árvore de Natal. Quando este espírito encarna em mim é extremamente difícil exorcizá-lo. Mas vejamos...
Há lá coisa mais perfeita e "azeiteira" que uma árvore de Natal a vergar com tanto enfeite? Para mim as bolas estão para a árvore como o queijo está para a pizza... Nunca são demais! Repito: nunca são demais!!!
Mas este ano fui como que exorcizada pela própria árvore, talvez num ato antecipado de vingança que a mesma sentiu necessidade de praticar. Um pinheiro nórdico cheio de atitude e pronto a atacar qualquer ser possuído pelo espírito natalício. Só lhe faltou falar...
Fazemos a nossa árvore de Natal com um pinheiro natural possuidor de uma raiz possante. Regamo-lo enquanto está num vaso durante esta época e no fim voltamos a plantá-lo num terreno perto de nós. Pronto, se calhar estamos a dar-lhe uma morte lenta e por isso tanta agressão para o embelezarmos.
Quem recorre a pinheiros naturais vai perceber. Primeiro a aventura para que caiba no vaso, depois arranjá-lo para que fique todo pomposo e acabamos com as mãos em formato regador bem furadinhas pela caruma.
Passas às luzes. Antes de as pores na árvore experimentas e estão a funcionar. Depois de colocadas acendes e... nada. Tiras essas, pões outras e paras para varrer o chão.
Logo a seguir as fitas (sei a ordem de cor. Regras das nossas mães certo?) e só depois o apogeu. As bolas! Adoro! Bolas e bolas e mais bolas e começa a saga de andar de cu para o ar.
Tu pões, elas caem, quando te baixas quase que vazas uma vista num dos ramos mas não desistes. Insiste, tu consegues!
Paras e varres outra vez. Agora sim deparas-te com o grande desafio. Vestir aquela saia fashion que todos usam nas árvores hoje em dia. E pimba! Quase que vazas uma vista outra vez. O pinheiro nórdico insiste em atirar-se às tuas vistas como se estivesse enraivecido contigo. Insiste, tu consegues!
Finalmente acabaste. Fazes a festa, deitas os foguetes e deixas as canas por apanhar. São horas de jantar. Pizza!
Feliz Natal e obrigada a todos os que têm acompanhado os Devaneios Menstruados!